Ter uma noite de sono ruim traz prejuízos bem mais sérios do que cansaço no dia seguinte. Veja: cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, pediram a 21 voluntários que dormissem cinco noites no laboratório de pesquisa. Mas 14 deles só podiam dormir quatro horas por dia, enquanto o restante da turma estava liberada para descansar o quanto quisesse. Depois desse período, amostras de sangue dos participantes foram coletadas para análise. O resultado mostrou que o grupo que repousou pouco apresentou uma atividade baixa nos genes responsáveis pela codificação de lipoproteínas. Em outras palavras, passar as noites em claro fez com que o mecanismo que regula o colesterol no organismo ficasse desajustado. É aí que mora o perigo. Ao acessar os dados de 2 739 pessoas que participaram de pesquisas anteriores, o time de cientistas descobriu que a privação de sono causa uma menor circulação no sangue do colesterol bom, o HDL. E é justamente essa substância que tem a tarefa de tirar o excesso de gordura das artérias. Um recado importante: não vá pensando que apenas a insônia frequente abre as portas para encrencas. Basta uma semana com dificuldade para fechar os olhos para que o metabolismo e a imunidade fiquem comprometidos. Que tal cuidar melhor do seu sono? Avalie se o travesseiro e o colchão estão ok, e também desligue lâmpadas e sons no quarto. Também se recomenda não mexer em celulares ou tablets antes de ir para a cama, porque a luz das telas inibe a melatonina e atrasa a chegada do sono, e evite encher a pança nos minutos que antecedem a hora de se deitar.
Falta de sono pode fazer mal ao peito
Noites em claro diminuem os níveis de colesterol bom no sangue